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Fisioterapia no Tratamento da Dor

  • Foto do escritor: uniefisioterapia
    uniefisioterapia
  • 19 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Viver com dor é angustiante. Ela pode ser provocada por estímulos variados como traumas físicos, emocionais ou psicológicos que geram uma resposta neuroquímica e produzem algum desconforto de intensidade variável. Segundo a definição pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP): "A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ao dano real ou potencial, ou descrita em termos de tais danos", logo, por se tratar de uma sensação influenciada por diversos fatores, o mesmo estímulo doloroso pode ocasionar diferentes repostas.


Como podemos classificar a dor?


Mesmo sendo uma interpretação individual, a dor é um sintoma de alerta que informa a necessidade de atenção para sua origem. Por isso, pode ser dividida em quadro principais categorias de acordo com suas causas e características.


  1. Dor nociceptiva: A dor nociceptiva comumente é oriunda de danos e lesões teciduais. Ela está associada ao estímulo dos nociceptores distribuídos por todo o corpo, que são os receptores de estímulos nocivos, tais como calor ou frio extremos, pressão excessiva e substâncias químicas irritantes. Quando esses receptores são ativados por algum estímulo nocivo ou inflamatório, enviam sinais elétricos através das vias nervosas até o cérebro, resultando na percepção da dor.

  2. Dor neuropática: é a dor causada por lesão ou disfunções no sistema nervoso (central ou periférico), resultando na ativação inadequada das vias nociceptivas (que são aquelas responsáveis por enviar os sinais de dor para serem interpretadas no córtex cerebral e depois expressar a dor). As principais causas deste tipo de dor são: diabetes mellitus, neuralgia trigeminal, dor regional complexa, neuralgia pós-herpética, acidente vascular encefálico, esclerose múltipla, lesão medular e outros.

  3. Dor nociplástica: neste tipo álgico há alterações no processamento neural, que apresentam amplificação dos estímulos nociceptivos (estímulos de dor), modulando o sintoma e provocando intensas dores, sem que haja uma causa específica, como danos ou lesões em alguma estrutura. É uma dor idiopática (de origem pouco conhecida) que passa por um processo de sensibilização central (neuromodulação). A fibromialgia pode ser uma ótima exemplificação da dor nociplástica.

  4. Dor mista: é a soma de dois ou mais tipos de dor supracitados, baseado na etiologia das alterações neurobiológicas (psíquicas, somáticas ou emocionais).


Como a fisioterapia pode ajudar?


A fisioterapia para o controle da dor visa promover aumento na qualidade de vida em indivíduos com lesões agudas ou crônicas e àqueles com doenças em caráter progressivo por meio de condutas que reabilitem funcionalmente o paciente e auxilie familiares e cuidadores durante este processo.

A abordagem medicamentosa é a forma mais recorrente para controle da dor, entretanto a utilização de recursos fisioterapêuticos sem o uso de substâncias químicas (remédios), tais como eletroterapia (TENS), mecanoterapia (Ultrassom), fototerapia (Laser e UV), massagens, liberação miofascial, trigger points, termoterapia (calor e frio) e cinesioterapia (exercícios) além de outras terapias complementares como acupuntura, auriculoterapia e aromaterapia, por exemplo, oferecem meios alternativos para aliviar a dor, uma vez que a fisioterapia visa a plena reabilitação do indivíduo, incluindo a minimização de seus sintomas e queixas.


Possui alguma dúvida? Nossos profissionais estão aqui para te auxiliar.



Ref. Florentino D. et al. A fisioterapia no alívio da dor: uma visão reabilitadora nos cuidados paliativos. Rev. Hosp. Universitário Pedro Ernesto (UERJ). Rio de Janeiro, RJ, Brasil. v. 11 n.2. 2012.

 
 
 

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